A ausência de uma legislação oficial de Controle de Qualidade dos produtos à base de Aloe vera permite que qualquer um, mesmo contendo apenas 1% do seu gel, traga estampado na embalagem dizeres como “100% Aloe vera”.
Diante dessa limitação, detectada desde os anos 80, criou-se o International Aloe Science Council, sediado no Texas e hoje com mais de 150 companhias afiliadas, com o objetivo de identificar os produtos que levasse ao consumidor o verdadeiro benefício do potencial de ação da Aloe vera.
Para conceder o selo de qualidade, o conselho verifica todos os aspectos da produção através de uma auditoria completa das instalações dos laboratórios e da linha de produção – das folhas ao produto final, incluindo: embalagem, sistema de estocagem, controle do inventário, documentação e rotulagem de cada produto.
Amostras são levadas para serem reexaminadas em outros laboratórios sob os parâmetros de análise estabelecidos pelo IASC, que mostra se a Aloe vera utilizada no produto é pura ou adulterada, assim como seu percentual participativo. Esse selo precisa ser renovado todos os anos, ou seja, a qualidade do produto é anualmente reavaliada.
O selo, que traz o desenho de uma planta de Aloe vera rodeada pelos dizeres: Aloe Content & Purity in this Product, na parte superior, e na parte inferior: international Aloe Science Council, é de fácil identificação, pois todos os produtos que merecem o trazem bem visível no exterior de suas embalagens.
Não existindo também lei alguma que obrigue ao fabricante discriminar o quanto de água foi retirado ou adicionado ao gel da Aloe vera, é muito mais barato para aqueles estabelecidos longe dos centros de estabilização do gel adquiri-lo sob forma concentrada do que in-natura.
Acontece que quanto mais um alimento é manipulado, mais seus elementos constituintes se degradam, além do que a qualidade da água utilizada para a reconstituição do gel jamais será da mesma natureza daquela que foi armazenada pela própria planta.
Lee Ritter, em seu livro Aloe vera – A mission discovered (ed. Tripudic Laboratories), conta que de acordo com as análises do Dr. R. McDaniel de cerca de 200 diferentes marcas de suco de Aloe vera comercializados nos anos 80, somente três apresentavam-na em quantidade suficiente para assegurar seu potencial de ação. E a realidade de 1993 não era muito diferente. Dos sucos que mandou analisar, apenas 1% daqueles disponíveis no mercado americano apresentavam em percentual aceitável do gel de Aloe vera.
Isso explica o grande número de pessoas que já se decepcionou com o suco da Aloe vera, pois, certamente, jamais conseguiu usufruir dos benefícios a ela creditados.
Regulamentação da nomenclatura utilizada nos produtos à base de Aloe vera
O selo do International Aloe Science Council – IASC, além de ser um certificado em relação à qualidade do gel da Aloe vera utilizada como matéria prima, também está vinculado ao percentual do gel presente no produto.
- Nos produtos de limpeza, higiene e beleza, o gel de Aloe vera tem que responder, no mínimo, por 30% do produto.
- Nas bebidas, o percentual do gel da Aloe vera determina sua nomenclatura:
Suco precisa ser composto por um mínimo de 95% de gel de Aloe vera.
Bebida a quantidade de gel de Aloe vera presente pode variar entre 50% e 94%.
Refresco pode conter entre 10% e 49% de gel de Aloe vera.
Fonte: Saúde & Beleza Forever – Seu Guia Contemporâneo de Nutrição e Higiene
Autora: Mônica Lacombe Camargo
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