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APITERAPIA e APIPROFILAXIA


A apiterapia é uma ciência muito antiga que existe, provavelmente, desde o início da humanidade. Ela baseia-se na utilização dos produtos apícolas – mel, pólen, própolis e geleia real – e no potencial terapêutico do veneno liberado pela ferroada das abelhas.


O veneno das abelhas é uma das substâncias mais efetiva no combate ao reumatismo, pois dissolve os depósitos de sal e de ácido úrico, deixando as juntas mais maleáveis e menos doloridas. Aos outros derivados das abelhas cabe promover a eliminação desses resíduos. Talvez aí esteja uma das explicações da quase inexistência de apicultores com reumatismo.


A apiterapia é tão antiga quanto a apicultura. Começou como medicina popular e hoje se encontra sistematizada e cada vez mais utilizada para tratar uma série de disfunções e doenças, promover a saúde e um maior bem-estar. Em alguns países da Europa, a apiterapia é oficialmente reconhecida como uma modalidade de tratamento médico.


Extremamente ativos, os apiterapeutas do mundo inteiro congregam um enorme banco de dados com casos clínicos, depoimentos, trabalhos científicos e uma extensa bibliografia, que embalam a validade desse antiquíssimo sistema terapêutico. Congregados em diversas associações, formam uma rede internacional.


Apimondia – International Federation of Beekeepers’ Associations (Itália).

Association Europeene D’Apitherapie (França).

Bulgarian Apitherapy Union (Bulgaria).

Chinese Propolis Association (China).

Deutscher Apitherapie Bund (Alemanha).

International Apitherapy Healthcare and Bee acupuncture Association (China).

Japan Apitherapy Association (Japão).

Korea Apitherapy HealthCare Association (Coréia).

Lithuanian Apitherapy Association (Lituânia).

Mexican Apitherapy Society (México).

Romanian Apitherapy Society (Romênia).

Taiwan Apitherapy Association (Taiwan).

The American Apitherapy Society (Estados Unidos da América).

The Egyptian Scientific Society of Apitherapy (Egito).

The United Kingdom Apitherapy Society (Reino Unido)



A apiprofilaxia diz respeito ao uso dos derivados das abelhas como fator de prevenção contra uma série de disfunções e doenças. Ela é, portanto, a maneira mais inteligente de se desfrutar do potencial biofitoterápico do mel, da própolis, do pólen e da geleia real.


Para os apiterapeuta, a apiprofilaxia é crucial sobretudo na primavera, a estação do ano em que a natureza desperta e impõe uma grande aceleração ao metabolismo de todos os seres vivos – quando utilizamos as reservas acumuladas no outono e no inverno.


Isso significa que os organismos com carência nutricional terão suas reservas rapidamente esgotadas. Consequentemente, para eles a primavera, em vez de ser uma estação estimulante, passa a ser um período em que se sofre de exaustão, letargia, falta de concentração mental, depressão, ineficiência no trabalho, incapacidade de concluir qualquer tarefa etc.


Além da aceleração metabólica imposta pela primavera, é óbvio que existem outros fatores de estresse que igualmente colaboram para o esgotamento das reservas nutricionais do organismo como:


  • As bruscas mudanças ambientais – temperaturas extremamente frias ou quentes, incluindo o entra-e-sai dos ambientes refrigerados, tempestades de chuvas e raios e tempestades eletromagnéticas vindas do cosmo, ventanias, tremores de terra, explosões vulcânicas etc.

  • A exposição a campos eletromagnéticos, radioativos ou cruzamentos telúricos.

  • O uso de fármacos como antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, calmantes, corticoides, vacinas etc.

  • Os hábitos nocivos como: o consumo de açúcares, cereais, óleos e sal refinados, alimentos com cor, sabor e odor artificial, excesso de álcool, café, cigarros etc.


Enquanto a sobrecarga imposta pela influência de fatores negativos não atingir um ponto crítico, mantemos uma saúde aparente, embora correndo o risco de a qualquer momento, como que de repente, a cabeça pifar, as forças acabarem, a corrente sanguínea ser obstruída, se perder o controle dos membros etc.


Crianças e idosos com carência nutricional são mais vulneráveis à chegada da primavera, ou seja, às gripes, resfriados, crises de apatia e outros sintomas de debilidade. Por isso, não é raro que essas crianças também passem a apresentar um grande declínio no rendimento escolar.


A má nutrição de mulheres grávidas ou em período de lactação também pode ser prevenida e revertida com a ajuda do mel antes que venha a gerar maiores problemas tanto às mães como aos filhos.


No Egito antigo, o mel era considerado um alimento essencial para as crianças. Não há dúvida de que uma criança bem alimentada é sempre bem-humorada, alegre, raramente adoece e desempenha, com maior facilidade, suas funções escolares.


Em alguns países, a apiprofilaxia está virando moda e uma pequena porção de mel e pólen – alimento considerado por muitos como o mais completo para o Ser humano – passou a ser incorporada à alimentação diária das crianças. Na Espanha, por exemplo, mais de 120 alimentos para crianças já são adoçados com mel.


A aceleração metabólica engendrada pela primavera é o que promove a maior reciclagem das células – as peças fundamentais ao perfeito desempenho da engrenagem do organismo. Ou seja, a primavera é a hora de restaurar e substituir as células fracas ou moribundas por outras jovens e saudáveis.


Isso implica a necessidade de se ter suficientes quantidades de matéria-prima/ nutrientes em disponibilidade e do sistema imunológico estar apto a rapidamente eliminar todo o lixo, antes que este polua e acidifique os fluidos orgânicos e os tecidos conjuntivos e a desencadear um incontrolável processo de estresse oxidativo.


A própolis é considerada a substância mais importante para a apiprofilaxia e a apiterapia. Sua capacidade de promover a aceleração do processo de eliminação dos resíduos ácidos e promover o equilíbrio homeostásico do organismo é realmente única e sui generis (que não se parece com nenhum outro).


Segundo o apiterapeuta Dr. T. Rusankina, para se prevenir contra qualquer tipo de deficiência nutricional na primavera basta ingerir, antes de dormir, uma colher de sopa de mel diluído em copo de água morna. Diante de um quadro de deficiência nutricional já instalado, a dose mínima deve ser de 100g de mel dividida em pequenas doses ao longo do dia, durante duas semana.



Fonte: Saúde & Beleza Forever: seu guia contemporâneo de nutrição e higiene.

Autora: Mônica Lacombe Camargo – 2003 – Edição Esgotado

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